O Desafio da Era da Nuvem
A nuvem trouxe escala, agilidade e liberdade. Mas junto com essas vantagens veio um novo vilão: a imprevisibilidade dos custos.
No vocabulário corporativo: as faturas inesperadas, uma infra subutilizada e a eterna pergunta:“Estamos pagando demais pela performance que entregamos?”

Se isso te parece familiar, saiba que a solução não está em uma ferramenta isolada, mas na integração de duas estratégias complementares: o FinOps e a Observabilidade.
Por dentro da dupla dinâmica
Enquanto o FinOps define o “por quê” e o “quanto”, por outro lado a observabilidade revela o “como” e o “onde”.
Nesse sentido, acontece o “match perfeito”, isso porque unidas elas oferecem uma visão estratégica e operacional que transforma a sua gestão de nuvem em um motor de eficiência e crescimento.

Estação FinOps: o norte estratégico da otimização
Já falamos algumas vezes aqui sobre o FinOps, mas nunca é demais reforçar que essa é uma prática colaborativa entre as áreas técnicas e financeiras que visa maximizar o valor dos investimentos em nuvem.
Leia também: Como FinOps pode ajudar na transformação da sua TI?
Vale salientar que mais do que controlar gastos, o FinOps promove uma cultura de responsabilidade compartilhada. Para tornar mais claro e dinâmico o entendimento, separei a ação em três pilares complementares:
- Informação: aqui a transparência é o ponto de partida. Ao visualizar claramente o custo de cada projeto, equipe e serviço, eliminamos a “letra miúda” da operação e ganhamos um panorama sem distorções.
- Otimização: com dados em mãos, traçamos a rota de fuga para reduzir desperdícios. O rightsizing ajusta o consumo da nuvem ao que realmente é necessário, evitando recursos ociosos e focando no que agrega valor.
- Operação: por fim, a prática se consolida na automatização de boas práticas e na criação de rituais de revisão com os times. Afinal, tecnologia só entrega resultados se vier acompanhada de processos eficazes e melhorias contínuas.

“O FinOps transforma o custo da nuvem de uma despesa reativa em uma estratégia proativa.”
Observabilidade: o olhar profundo sobre a performance
Nesse par de efetividade, a observabilidade vai além do monitoramento tradicional porque permite compreender o estado interno de sistemas complexos a partir de seus sinais externos.

Novamente na questão dos pilares, ela também se apoia em três combinações de telemetria que, juntos, oferecem uma visão abrangente:
- Métricas: traduzem o comportamento em números — uso de CPU, latência, throughput — e revelam tendências ao longo do tempo.
- Logs: registram eventos com carimbo de data e hora, criando um rastro detalhado para rastreabilidade e contexto.
- Traces: conectam os pontos ao mostrar a jornada ponta a ponta das requisições em ambientes distribuídos.
Seguindo o fluxo e com esses dados interligados, é possível identificar gargalos, ineficiências e oportunidades de otimização que seriam invisíveis à primeira vista.
A sinergia perfeita: como juntar os dois mundos
O verdadeiro salto surge quando FinOps e Observabilidade atuam juntos. Veja exemplos práticos:
Pergunta FinOps | Resposta com Observabilidade |
---|---|
Essa VM está superdimensionada? | Uso médio de CPU e memória em 30 dias é cerca de 20 % |
Custo com DB subiu 40 %. Por quê? | Logs e traces mostram queries ineficientes |
Podemos desligar o ambiente de staging à noite? | Métricas apontam 100 % de ociosidade fora do horário comercial |
Nosso autoscaling é eficiente? | Traces revelam escalonamento lento e desperdício de instâncias |
Mood Hands-on: do diagnóstico à execução com FinOps e Observabilidade
Para facilitar sua jornada, reunimos abaixo os passos iniciais para ativar sua operação.

1. Coleta de dados: o alicerce da visibilidade
Tudo começa com a captura correta de métricas. Dito isso, as ferramentas nativas como AWS CloudWatch, Azure Monitor e GCP Operations fornecem o básico para entender o consumo.
Se o objetivo for uma visão unificada e granular, soluções completas como Datadog, Dynatrace, New Relic, ou uma pilha open‑source com Prometheus + Grafana, oferecem painéis detalhados e escaláveis que consolidam métricas, logs e traces.
2. Por dentro dos dados e dos impactos
Depois de coletar, é hora de cruzar informação de custos e desempenho para gerar respostas. Os dashboards unificados mostram, lado a lado, o valor gasto e a utilização (CPU, memória, latência),por exemplo, ajudando a responder perguntas atemporais como “estamos pagando mais do que usamos?”.
Além disso, relatórios específicos ajudam a identificar “recursos zumbis” — máquinas ou serviços com uso inferior a 5 % — que podem ser desligados ou ajustados para evitar desperdício.
3- Boas práticas de mercado: criando uma cultura de eficiência
As coisas só darão certo com processos sólidos. Veja como:
- Comece com tagueamento consistente (centro_de_custo, projeto, equipe), pois é ele que permite filtrar e atribuir custos corretamente.
- Configure alertas inteligentes, não só para picos de CPU, mas também para custos altos com uso baixo.
- Estabeleça revisões mensais envolvendo equipes de desenvolvimento, operações e finanças, para revisar dashboards e ajustes.
- Use autoscaling inteligente, com métricas da aplicação, para crescer e encolher os recursos de forma ajustada.
- E, finalmente, capacite os desenvolvedores: dar acesso aos dashboards de custo e performance torna cada deploy uma oportunidade de otimização.
De acordo com a própria FinOps Foundation, organizações que progridem nos níveis de maturidade FinOps combinam dados de custos com fontes de desempenho e observabilidade, elevando o impacto das decisões de investimento e alcançando níveis superiores de eficiência
O jogo mudou: de adivinhação para otimização baseada em evidências
O resumo dessa ópera é de que ao integrar FinOps e Observabilidade a sua gestão vai além de uma boa prática. Sobretudo, ela ganha uma nova forma de operar.
E como toda mudança de mentalidade, ela exige tempo, cultura e ferramenta. Mas o tempo é agora.
Empresas que esperam ter um problema para só então agir acabam perdendo competitividade. Por outro lado, não controlar os custos significa diluir margem — e operar sem visibilidade de performance é, na prática, desperdiçar recursos disfarçadamente.
Na Wevy, capacitamos a sua equipe com os dados certos, nos painéis certos, para as decisões certas. Os nossos especialistas unem estratégia e tecnologia para construir esse novo modelo.
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E não esqueça, o FinOps e a Observabilidade foram feitos para colocar a sua nuvem para jogar na melhor versão!
