Entenda como aplicar escalabilidade na Black Friday para evitar quedas de sistema e lentidão durante a compras, garantindo uma operação pronta para atender ao alto volume de vendas.
A Black Friday é um dos momentos mais lucrativos — e também mais críticos — do ano. O aumento repentino de acessos pode se transformar em um verdadeiro desafio técnico para o e-commerce. Quedas, lentidão e falhas de disponibilidade colocam à prova a eficiência das plataformas digitais, afastando clientes e prejudicando a reputação da marca.
Por isso, é imprescindível que as empresas foquem na infraestrutura de TI para lidar com o grande volume de compras concentradas. É aqui que entra um conceito fundamental: escalabilidade.
Neste artigo, vamos explicar como preparar uma infraestrutura escalável para enfrentar o pico de tráfego com confiança — e como a Wevy pode ajudar seu negócio a chegar lá.
O que é escalabilidade e por que ela importa na Black Friday
Escalabilidade é a capacidade de sistemas de e-commerce e infraestruturas de TI se ajustarem rapidamente para suportar, por exemplo, o aumento exponencial de tráfego e transações durante a Black Friday.
Em outras palavras, é o que permite que seu site atenda dez, cem ou cem mil usuários simultaneamente sem afetar a performance.

Escalabilidade vertical x horizontal
Na prática, existem dois tipos de escalabilidade — e ambos são igualmente relevantes na manutenção do ritmo operacional.
- Escalabilidade vertical: consiste em adicionar mais recursos a um único servidor (como CPU, memória e armazenamento). É uma solução rápida e simples de implementar e gerenciar, mas possui limite físico.
- Exemplo: atualizar uma instância pequena de servidor na nuvem para uma instância maior e mais potente.
- Exemplo: atualizar uma instância pequena de servidor na nuvem para uma instância maior e mais potente.
- Escalabilidade horizontal: envolve adicionar novas instâncias ou servidores e distribuir a carga entre eles. É mais flexível e ideal para ambientes com arquitetura de microsserviços e nuvem escalável. Contudo, é mais complexa de implementar e requer que a aplicação seja projetada para ser distribuída.
- Exemplo: adicionar automaticamente novas instâncias de servidores de aplicação em um ambiente de nuvem e usar um balanceador de carga para gerenciar o tráfego de entrada.
Durante a Black Friday — quando o volume de acessos pode multiplicar-se em minutos —, a escalabilidade horizontal tende a ser a melhor aliada, oferecendo maior flexibilidade, melhor custo-benefício a longo prazo e resiliência a falhas.
Escalabilidade horizontal e vertical: qual priorizar na Black Friday
No entanto, em sistemas modernos e baseados em nuvem, a preferência costuma ser pela escalabilidade horizontal. Confira o comparativo:
Escalabilidade horizontal:
- Adiciona múltiplos servidores e distribui a carga;
- Exige que a aplicação seja projetada para ser distribuída;
- Geralmente é mais econômica a longo prazo;
- Requer arquitetura distribuída;
- É tolerante a falhas;
- Exemplo: adicionar um segundo servidor idêntico e usar um balanceador de carga para distribuir o tráfego.
Escalabilidade vertical:
- Aumenta os recursos (CPU, RAM, disco) de uma única máquina existente;
- É mais simples de implementar e não exige alterações no código da aplicação;
- Pode se tornar cara em níveis altos de recursos e ter custo crescente a longo prazo;
- É limitada pelas capacidades físicas e tecnológicas do hardware;
- Se o servidor principal cair, todo o sistema para;
- Exemplo: fazer upgrade de um servidor de 8 GB de RAM para um com 32 GB.
Durante a Black Friday, a escalabilidade horizontal é a mais indicada porque permite aumentar a capacidade rapidamente, garantindo resiliência, economia e flexibilidade. Com autoscaling e load balancer, o sistema cresce conforme a demanda e evita falhas.
Como o aumento de tráfego afeta sistemas e e-commerces
Durante picos sazonais, o aumento massivo de tráfego tende a sobrecarregar servidores e bancos de dados. Sem uma infraestrutura preparada, o resultado é previsível e potencialmente desastroso:
- Quedas e indisponibilidade: o servidor não consegue lidar com o volume de acessos e sai do ar.
- Lentidão extrema: o tempo de resposta aumenta, impactando diretamente a taxa de conversão.
- Timeouts e erros 500: falhas em APIs, integrações ou gateways de pagamento. Os sistemas não conseguem processar o volume de solicitações simultâneas, resultando em falhas operacionais e perda de vendas.
Ou seja: tudo o que qualquer empresa deve evitar na Black Friday caso deseje aproveitar a disposição de compra em uma das melhores datas do varejo e, claro, manter sua credibilidade de marca no resto do ano.

Efeito Black Friday: impactos financeiros e reputacionais relacionados à infraestrutura
Não dá para negar que cada segundo de lentidão no site, sobretudo quando se trata de um e-commerce, aumenta a chance do cliente desistir da compra — e o prejuízo só cresce. Por isso é tão importante estar atendo à escalabilidade na Black Friday.
Além de perdas financeiras diretas, falhas técnicas e instabilidade geram impactos profundos na reputação da marca. Segundo a ABES, 48% dos brasileiros já desistiram de concluir uma compra por falta de confiança nas plataformas.
Um estudo global da Splunk, citado pela própria ABES, estima que as 2.000 maiores empresas gastam cerca de US$ 400 bilhões por ano com sistemas fora do ar.
Na Black Friday, o impacto é ainda maior: com tantas transações acontecendo, uma falha técnica não prejudica só as vendas do momento, mas também pode afetar a confiança e a imagem da empresa a longo prazo.
Estratégias para uma infraestrutura escalável
A escalabilidade não acontece por acaso. Muito pelo contrário: ela é construída com planejamento e tecnologia, em um esforço deliberado para combinar:
- Containers e Kubernetes:
- Containers empacotam aplicações e suas dependências de forma leve e portátil, garantindo funcionamento consistente em qualquer ambiente.
- Com Kubernetes, é possível orquestrar e escalar automaticamente esses containers conforme a demanda.
- Autoscaling e load balancer:
- Com o autoscaling, novas instâncias são criadas ou encerradas conforme o tráfego.
- O load balancer distribui as requisições de forma inteligente, evitando sobrecarga e garantindo alta disponibilidade.
- Cloud providers e orquestração inteligente:
- Cloud providers oferecem serviços gerenciados de Kubernetes, simplificando a gestão da infraestrutura e permitindo arquiteturas híbridas ou multicloud — evitando o lock-in.
- A orquestração inteligente coordena e gerencia automaticamente serviços complexos em ambientes de nuvem, garantindo que todos os componentes trabalhem de forma integrada, otimizando o uso de recursos.
- Monitoramento em tempo real e observabilidade
- Ferramentas de observabilidade e monitoramento em tempo real detectam gargalos antes que impactem o cliente.
- Logs centralizados, métricas e alertas são essenciais para manter o controle durante o pico de acessos.
Com essas estratégias, a infraestrutura se torna mais flexível e confiável, preparada para qualquer pico de demanda. As aplicações continuam funcionando sem interrupções, os recursos são usados de forma eficiente e a experiência do cliente permanece fluida e segura, mesmo nos momentos de maior movimento, como a Black Friday.
Casos de uso e boas práticas
Empresas que se preparam com antecedência transformam o pico de acessos da Black Friday em uma vantagem competitiva.
Mais do que aumentar servidores, trata-se de construir uma infraestrutura resiliente, observável e automatizada, capaz de responder dinamicamente à demanda. Grandes e-commerces investem em:
- Serviços de computação em nuvem (AWS, Google Cloud, Azure) para suportar o aumento de tráfego e transações;
- Escalabilidade horizontal, adicionando mais instâncias para distribuir a carga;
- Load balancers, para distribuir o tráfego entre várias instâncias e evitar sobrecarga;
- Planejamento antecipado, testes de carga, automação, monitoramento contínuo e gestão de estoque e logística.
O resultado? Menos risco de falhas, mais vendas concluídas e uma experiência de compra estável mesmo sob pressão. Ou seja: mais metas batidas e menos preocupações com a escabilidade na Black Friday.
Checklist técnico pré-Black Friday
Para garantir que sua operação esteja pronta para o aumento de tráfego esperado na Black Friday, valide os seguintes pontos:
- Testes de carga e estresse: simule picos de acessos para identificar falhas e validar o comportamento do autoscaling e do load balancer.
- Backups e replicação de dados: garanta integridade e redundância das informações críticas.
- Balanceadores configurados corretamente: distribua o tráfego entre múltiplas instâncias para evitar sobrecarga.
- Monitoramento e alertas ativos: implemente ferramentas de observabilidade para reagir rapidamente a anomalias.
- Planos de rollback e contingência: defina procedimentos claros de recuperação em caso de falhas.
- Revisão de SLA e suporte técnico: confirme os níveis de serviço acordados com seus provedores e assegure suporte 24/7 — como o oferecido pela Wevy — para respostas rápidas durante o evento.
Com uma estratégia técnica bem executada e o suporte certo, o pico de acessos da Black Friday deixa de ser um risco e se torna uma oportunidade real de crescimento também no médio e no longo prazo.
Como a Wevy ajuda seu negócio a escalar na Black Friday
A Wevy é uma empresa especializada em Cloud Computing, oferecendo soluções completas para infraestruturas elásticas e resilientes — prontas para crescer com o seu negócio, especialmente em períodos de alta demanda como a Black Friday.
Nossos diferenciais:
- Infraestrutura elástica: ajuste automático de recursos conforme a demanda.
- Monitoramento e observabilidade integrados: visualize a performance em tempo real e aja proativamente.
- Suporte técnico especializado: atendimento rápido e eficiente durante todo o evento.
- SLA garantido: alta disponibilidade e performance contínua durante o pico de vendas.
Com a Wevy, sua operação permanece estável, veloz e segura, mesmo diante dos desafios de escalabilidade na Black Friday — e em todas as outras datas promissoras do varejo.
Conclusão
Verdade seja dita: a Black Friday só acontece uma vez por ano e não perdoa imprevistos. Ter um planejamento sólido e antecipado é o que diferencia quem vende mais de quem fica fora do ar.
A preparação vai muito além de definir descontos e envolve toda a cadeia operacional, do estoque ao pós-venda. A T.I tem um papel indispensável para o sucesso das campanhas sazonais e precisa estar preparada para os desafios da data.
Portanto, não perca tempo: invista em escalabilidade, observabilidade e automação para transformar o aumento de tráfego em crescimento real.